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"Tenham sempre alegria, unidos com o Senhor! Repito: tenham alegria!" Fp 4.4
COM VERBO
Texto sem verbo. Possível?
Talvez. As dificuldades desta ação, grandes o suficiente. Verbos em textos, invariavelmente, de difícil omissão. Ação com a qualidade deles – necessidade inevitável.
A vida em ação, uma realidade palpável. O ser em movimento, uma ação notável. Os sentimentos em expressão, característica inegável. As demonstrações de afeto, carinho, respeito e consideração, transmissão dos sentimentos da alma e do coração.
Vida sem verbo - corpo com pouca vida. Texto sem ação, palavras sem movimento. Texto sem verbo - vida sem vigor, palavras em suspense, coração meio que sem direção. Possívelmente, um texto com pouca expressão e cores, sem vigor e sem emoção. Comunicação deficitária, em uma compreensão com limitações e uma visão com certas imprecisões.
Nâo foi fácil construir estes quatro parágrafos até aqui sem verbos, exceto o próprio vocábulo, ‘verbo’. Sem eles, é dificíl fazer um texto com sentido e direção. Talvez seja um reflexo da vida, que, mesmo tendo muitos adjetivos e complementos, sem os verbos, fica menos completa, perde um pouco a sua noção. Pois eles carregam a ação. Expressam, denotam, amplificam. Definem. Nos fazem andar. Textos com verbos ficam completos e conduzem melhor em qualquer direção.
Vidas com Deus, igualmente. Crer, que é o verbo de ligação a Ele, e amar, que coloca esta fé em ação, dão o caminho e orientam nossas ações com precisão. Sem Ele, tudo é mais difícil, incompleto, até sem sentido. Com Ele, todos os demais verbos, e seus complementos, objetos e adjuntos, orientam nosso sujeito a fugir da vida sem vida e torná-la adjetivada, complementada, predicada. Fé que sustenta e que conduz à ação. Amar, perdoar, repreender, acolher, orientar, alertar. Confortar. Persistir. Viver.
Ação.
Texto com verbo, sempre mais completo.
Vida com o Verbo de Deus - nada nos faltará. (Extraído de www.toquedevida.blogspot.com)
Hoje, lendo os feeds, achei um post interessante no blog iPodJesus. Transcrevo-o aqui:
Muito bom estar vivendo nessa época onde o gênio cristão mais improvável que existiu tem a sua obra estudada e valorizada como nunca antes.
Estou falando de C.S. Lewis, autor de As Crônicas de Nárnia. Ex-ateu e um pensador carregado de dúvidas mescladas com uma grande fé.
Uma das histórias mais interessantes da série do país de Aslam é A cadeira de prata. Dois dos meus personagens preferidos estão “estrelando” nesse livro: Eustáquio, que desde A Viagem do Peregrino da Alvorada já me cativou com seu sentimento de superioridade em relação aos primos, e sua capacidade de escrita impecável. Ri muito de seus delírios em achar-se mais certo do que todo mundo, detentor de toda sabedoria e conhecimento diante daquela “gentalha”.
Outro grande personagem de A cadeira de prata, é o Brejeiro, um paulama (tipo semi-humano de Nárnia). É um pessimista dos grandes, sempre prevendo as catástrofes mais sangrentas de deixar Quentin Tarantino no chinelo.
Um dos trechos mais belos do livro, é um citação do própio. A cena é mais ou menos essa: o Brejeiro e as crianças estão encantadas com uma fumaça esquisita e uma música da feiticeira. O narniano tentando se libertar, pisa em um amontoado de brasas, afim de se livrar do êxtase gerado pela encanto, que a esta altura já os faz esquecer da existência de Nárnia e do própio Aslam. Depois de queimar os pézinhos, e impregnar a sala com cheiro de paulama, temos a citação, onde Lewis revela mais de si do que em todos os livros:
Por isso é que prefiro o mundo de brinquedo. Estou do lado de Aslam, mesmo que não haja Aslam. Quero viver como um narniano, mesmo que Nárnia não exista. Assim, agradecendo sensibilizado a sua ceia, se estes dois cavalheiros e a jovem dama estão prontos, estamos de saída para os caminhos da escuridão, onde passaremos nossas vidas procurando o Mundo de Cima. Não que as nossas vidas devam ser muito longas, certo; mas o prejuízo é pequeno se o mundo existente é um lugar tão chato como a senhora diz.
Poderia até “traduzir” o que ele quiz dizer, mas só vou deixar uma mensagem: sinta-se muito confortável em suas crises de fé, porque na verdade elas podem ser um momento de grande lucidez.
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